24 de agosto de 2010

Atualidades

Base aliada relega campanha de Dilma ao 2º plano
O clima de “já ganhou” em torno da candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência tomou conta da base aliada – e tem dado cada vez mais trabalho à cúpula do PT. Os esforços da legenda para manter o foco na campanha estão sendo minados pelo apetite de partidos da coalizão, que já trabalham na distribuição de cargos em um eventual governo de Dilma. Como revela nesta terça-feira a coluna Radar, de Lauro Jardim, dirigentes de partidos da base querem que o presidente Lula dedique menos tempo em sua agenda à promoção de Dilma e entre de cabeça nas campanhas de candidatos aliados à Câmara e ao Senado.

Na cúpula da campanha, porém, o discurso é outro. José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da campanha de Dilma, disse a VEJA que o PT deve seguir o mesmo rumo de campanha que tem adotado desde o início, com intensificação da presença do presidente Lula nas agendas da ex-ministra. “Campanha de salto alto é campanha que tropeça”, afirmou.
Mas, na prática, o que se vê é a tentativa do partido de conter o apetite das legendas coligadas que, animadas com os resultados das pesquisas sobre intenção de voto, já insistem em tratar da partilha do governo e dos principais cargos do primeiro escalão e das estatais, caso a petista vença a eleição.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, também coordenador da campanha da ex-ministra, fez na segunda-feira um apelo ao presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), candidato a vice na chapa de Dilma, para que o partido se abstenha de tratar da montagem do futuro governo. No domingo, reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o PMDB já planeja "partilhar os cargos meio a meio".

Segundo Dutra, Temer afirmou que está lutando para pôr ordem na casa e impedir qualquer ânimo mais exaltado pela busca dos cargos. "Ele (Temer) afirmou que o PMDB não está tratando desse assunto", disse Dutra. "Até leu uma nota em que comunica que o tema nunca foi negociado com o PT e que ninguém no PMDB está autorizado a falar qualquer coisa sobre esse assunto."

Horários eleitorais: Em rádios nas terças-feiras, o PT abandonou discurso oficial e abuso do salto alto. Locutor afirmou que “ninguém mais segura mais” a candidata do PT e aproveitou para provocar os adversários: “ Dilma disparou “.

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